trabalho
Patrícia Sidorenko de Oliveira Capote - Essa é uma obra que se originou da dissertação de mestrado em Educação Especial realizada na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Primeiramente, a ideia da dissertação foi contribuir com as pesquisas nessa área aqui no Brasil. As pesquisas sobre a Terapia Assistida por Animais (TAA) no Brasil são restritas, comparando-as com outros países. Até o ano de 2009 foram encontradas 13 relatos sobre o assunto (seis artigos, três teses/dissertações, quatro livros) no Brasil e 42 artigos internacionais. Outra preocupação era que a literatura proposta no Brasil não apresentava em sua maioria rigor metodológico. Os artigos eram reportagens mostrando os benefícios dessa técnica, mas não demonstravam como essa informação era colhida. Então, esse foi um ponto motivador também. Queríamos com a nossa pesquisa demonstrar rigor metodológico para que, se alcançássemos resultados positivos, tivéssemos uma literatura para seguir como exemplo. Não encontramos também, mesmo nas pesquisas internacionais, intervenções feitas com direcionamento de profissionais envolvidos nas atividades. Muitas vezes, eram pesquisas que buscavam examinar o comportamento dos participantes diante de situações que contavam apenas com a presença do animal. Além disso, gostaríamos de saber se realmente havia resultados positivos. Sabíamos disso na prática de forma subjetiva. Gostaríamos de comprovar isso.
EI - De que forma conseguiram chegar aos resultados?
Patrícia - Para verificar se realmente havia resultados positivos, propomos um experimento com grupo controle. Participaram desse estudo 12 crianças com idade de 9 a 13 anos, separados em dois grupos aleatoriamente (grupo controle e experimental) que frequentavam instituição escolar especial. Elas tinham diagnóstico de deficiência mental e não apresentavam medo de animais. A TAA