trabalho
Três guerras travadas entre Roma e Cartago pela hegemonia do comércio no Mediterrâneo, conflito que se estende por mais de cem anos, de 264 a.C. a 146 a.C.
O termo púnico, do latim punicus, vem da palavra poeni, nome que os romanos davam aos cartagineses, os descendentes dos fenícios (em latim, phoenician).
As guerras terminam com a destruição da cidade fenícia de Cartago e a venda dos sobreviventes como escravos.
No início das guerras, Roma domina a península Itálica, enquanto a cidade fenícia de Cartago domina a rota marítima para a costa ocidental africana, assim como para a Bretanha e a Noruega. Na I Guerra Púnica, que dura de 264 a.C. a 241 a.C., Roma e Cartago são chamadas para ajudar a cidade de Messina, na ilha da Sicília, ameaçada por Hiero II, rei de Siracusa. Os romanos, para expulsar os cartagineses da ilha, provocam a guerra e saem vitoriosos. Sicília, Sardenha e Córsega são anexadas ao domínio de Roma, e os cartagineses têm restringida a influência ao norte da África.
A II Guerra Púnica (218 a.C.-201 a.C.) começa na Espanha, onde Cartago amplia seu poder para compensar a perda da Sicília. Comandadas por Aníbal, as tropas cartaginesas tomam Saguntum, cidade espanhola aliada de Roma: é a declaração de guerra. Com 50 mil homens, 9 mil cavalos e 37 elefantes, Aníbal atravessa os Pireneus e conquista cidades no norte da Itália. Durante essa campanha fica cego de um olho e perde metade dos homens.
Mesmo assim chega às portas de Roma. A falta de reforços e o cerco de Cartago pelas forças romanas sob o comando de Cipião, o Africano (235 a.C.-183 a.C.) obrigam Aníbal a voltar para defendê-la. Vencido, refugia-se na Ásia Menor, onde se envenena para não ser preso pelos romanos.
A paz custa caro aos cartagineses: entregam a Espanha e sua esquadra naval, comprometendo-se ainda a pagar por 50 anos pesada indenização de guerra a Roma.
A III Guerra Púnica tem início em 149 a.C. É fomentada pelo persistente sucesso comercial dos