Trabalho
SERVIÇO SOCIAL 2º/2013
ALANA LUYSLA SILVA LIMA 13/0042382
MARX, K. O Capital, Os Economistas, S.P., Abril Cultural, 1983 cap. 1 e 2.
A riqueza das sociedades na qual domina o modo de produção capitalista é na verdade uma "imensa acumulação de mercadorias". A análise da mercadoria, forma elementar desta riqueza, será, por conseguinte, o ponto de partida da nossa investigação.
A mercadoria é aquilo que tem a capacidade de satisfazer necessidades humanas e é exterior ao indivíduo. Seja essa necessidade natural como por exemplo comer, ou externa como comprar roupa não importa, tudo é mercadoria desde que sacie alguma necessidade; Não se trata tão pouco aqui de saber como são satisfeitas essas necessidades: imediatamente, se o objeto é um meio de subsistência, [ consumo,] indiretamente, se é um meio de produção.
A utilidade de certa coisa transforma-a num valor-de-uso. Mas ao contrário do que se pensa esta utilidade nada tem de vago e de indeciso. Sendo determinada pelas propriedades do corpo da mercadoria, não existe sem ele. O próprio corpo da mercadoria, tal como o trigo+, é, consequentemente, um valor-de-uso, e não é o maior ou menor trabalho necessário ao homem para se apropriar das qualidades úteis que lhe confere esse carácter. Quando estão em causa valores-de-uso, subentende-se sempre uma quantidade determinada. Os valores-de-uso só se realizam pelo uso ou pelo consumo. Constituem o conteúdo material da riqueza, qualquer que seja a forma social dessa riqueza. Na sociedade que nos propomos examinar, são, ao mesmo tempo, os suportes materiais do valor-de-troca. Visto que valores-de-uso não podem defrontar-se como mercadorias, caso eles não contenham trabalhos úteis qualitativamente diferentes.
Enquanto o Valor-de-uso tem caráter qualitativo, o valor-de-troca surge diante de uma relação mais quantitativa, a proporção em que valores-de-uso de espécie diferente se trocam entre si, relação que varia constantemente