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Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: . Acesso em: jan. 2014.
Enquanto a Espanha optou por concentrar seus esforços em manter sob seus domínios os territórios em que encontraram maior disponibilidade de metais preciosos (ouro e prata) e ceder à pressão dos invasores em parte das terras que lhe cabiam pelo Tratado de Tordesilhas, Portugal teve de adotar outra estratégia.
O desafio de maior importância do primeiro século da história americana era de encontrar uma maneira de viabilizar a efetiva ocupação das terras de escassa ou nenhuma utilização econômica imediata.
Coube a Portugal a tarefa de encontrar uma forma de utilização econômica das terras americanas que não fosse a fácil extração de metais preciosos. Somente assim seria possível cobrir os gastos de defesa dessas terras. (...) Das medidas políticas que então foram tomadas resultou o início da exploração agrícola das terras brasileiras, acontecimento de enorme importância na história americana.
De simples empresa espoliativa e extrativa – idêntica à que na mesma época estava sendo empreendida na costa da África e nas Índias Orientais – a América passa a constituir parte integrante da economia reprodutiva européia, cuja técnica e capitais nela se aplicam para criar de forma permanente um fluxo de bens destinados ao mercado europeu (Furtado, 1987, p. 7)
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EaD
Vera Lúcia Trennepohl (Organizadora)
No século 16 a exploração econômica dessas terras era considerada algo completamente inviável. Nenhum produto agrícola era objeto de comércio em grande escala na Europa e o principal deles – o trigo – dispunha de produção local. Os fretes eram caríssimos e somente os produtos manufaturados e as especiarias do Oriente podiam comportá-los, entretanto, premidos pela necessidade e beneficiados por circunstâncias favoráveis, os portugueses tiveram êxito em sua estratégia.
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