trabalho
Porém, no Brasil, o governo Getúlio Vargas (1951-1954) criou uma política externa ao qual chamou de Barganha Nacionalista-Pragmática. Essa barganha visava redefinir os laços de dependência com os EUA, de forma a obter apoio ao desenvolvimento industrial brasileiro. Porém, a falta de uma resposta positiva por parte dos Estados Unidos convenceu lideranças brasileiras da época da necessidade de ampliar os laços internacionais do Brasil. Fazia-se necessário atuar num plano mundial, escapando à dependência estadunidense. O que também permitia a ampliação da própria barganha com esse país.
Mas quando Jânio Quadros assumiu a presidência do Brasil em 1961, adotou uma nova política externa, a PEI (Política Externa Independente).
As principais definições desta política externa eram: Desarmamento das nações; Luta pela paz mundial; Autodeterminação dos povos (inclusive defendendo a não intervenção em outras nações); Ampliação do mercado externo brasileiro (tanto com capitalistas quanto com comunistas); Apoio à descolonização de países africanos.
A Política Externa Independente garantia ao Brasil poder de barganha com os dois blocos, pois possibilitava ao país negociar tanto com países capitalistas quanto com países comunistas. Por esse motivo, durante o governo Jânio Quadros, o Brasil manteve aberto o diálogo com os Estados Unidos, mas iniciou uma série de medidas de aproximação com Cuba (Che Guevara foi recebido em Brasília, onde foi condecorado com a Ordem do Cruzeiro do Sul), com a China (quando Jânio renunciou à presidência, seu vice, João Goulart, estava em visita diplomática a esse país) e com a União