trabalho
1988 A ESCOLA DOS ANNALES convida os historiadores para uma reflexão(...) ‘crise geral das ciências sociais’, que se nota tanto no abandono dos sistemas globais de interpretação, destes ‘paradigmas dominantes’ que foram, durante certo tempo, o estruturalismo ou o marxismo, quanto na rejeição proclamada das ideologias que lhe haviam garantido o sucesso. P.173
A resposta dos historiadores foi dupla. (...) Donde, a emergência de novos objetos no seu questionário: as atitudes perante a vida e a morte, os rituais e as crenças, as estruturas de parentesco, as formas de sociabilidade, os modos de funcionamento escolares etc. – o que significava constituir novos territórios do historiador pela anexação de territórios alheios. P.174
(...)Os fundamentos intelectuais do assalto são claros: por um lado, o retorno a uma filosofia do sujeito que recusa a força das determinações coletivas e dos condicionamentos sociais e que acredita reabilitar ‘a parte explícita e refletida da ação’; por outro lado, o primado conferido ao político que deveria supostamente constituir ‘o nível mais abrangente’ da organização das sociedades e, no entanto, fornecer ‘uma nova chave para a arquitetura da totalidade’. P.175
(...) as verdadeiras mutações do trabalho histórico nestes três últimos anos não foram produzidas por uma ‘crise geral das ciências sociais’ nem por uma ‘mudança de paradigma’, estão ligadas à distância tomada, nas próprias práticas de pesquisa, em relação aos princípios de inteligibilidade que tinham governado o procedimento historiador há vinte ou trinta anos. P. 176
(...) o projeto de uma história global (...) os diferentes níveis da totalidade social; a definição territorial dos objetos de pesquisa, geralmente identificados com a descrição de uma sociedade instalada num espaço particular – que era a condição de possibilidade da coleta e do tratamento dos dados exigidos pela história total(...); conferido ao recorte social