Trabalho
O presente artigo se propõe a apresentar alguns fatores que dificultam a inclusão dos alunos com Surdez no Município de Porto Velho. A abordagem metodológica utilizada é qualitativa, do tipo etnográfica. A pesquisa foi realizada em duas escolas públicas de Ensino Regular no Município de Porto Velho, no período de outubro a dezembro de 2011. Este estudo fundamenta-se principalmente em SKLIAR (2010), FELTRIN (2007), DORZIAT (2009) e SÁ (2006). A inclusão dos alunos Surdos tem levantado alguns questionamentos, tais quais: Como está sendo executada a política de inclusão de surdos nas escolas no município de Porto Velho? Até que ponto está sendo levada em consideração a especificidade da educação de surdos? Como os professores estão sendo preparados para isso? Muitas são as queixas. De um lado, os alunos surdos, que se sentem obrigados a estudar junto com alunos ouvintes, com professores que não sabem se comunicar com eles e com um ensino descontextualizado da sua cultura. Do outro lado, os professores, que se sentem despreparados diante da imposição da lei e que não tiveram uma formação inicial adequada para atender surdos. Diante deste contexto, torna-se necessário investigar quais os fatores determinantes dessa problemática para buscar soluções exequíveis.
Introdução
Falar de inclusão num país onde a Democracia é um princípio soa muito estranho. E inclusão na educação é mais estranho ainda. Por que há tantas leis de inclusão se a Lei máxima do Brasil, a Constituição Federal, diz, no seu artigo 205, que a educação é um direito de TODOS? Quem são esses TODOS? Os Deficientes Físicos fazem parte desse “todo”? Os Deficientes Visuais fazem parte desse “todo”?
E os Surdos? O que dizer da inclusão dos Surdos quando, nem a Família, muito menos o Professor, sabe se comunicar com eles?
A legislação brasileira, bem ampla quando se trata de inclusão, não está sendo sinônimo de qualidade