trabalho
Nas sociedades modernas, o conhecimento se expandiu até o ponto em que a especialização e sub-especializações se tornam a norma. É simplesmente impossível que uma única pessoa tenha um conhecimento profundo de todas as disciplinas. Precisamos recorrer a outras pessoas para superar essa falta de conhecimento, geralmente em termos relativamente simplistas. A maioria de nós é obrigada a aceitar como verdade muitas ideias e conceitos com que somos bombardeados nessa era de comunicação instantânea de massa e de sobrecarga de informações.
As pessoas tendem a gostar da simplicidade. Em muitos casos, não possuem suficiente experiência com a matéria, solicitando-a, portanto. As pessoas requerem pacotes de conhecimento fáceis de gerenciar, e esses pacotes são considerados como estoques de conhecimento ‘de bom senso’ que permitem que as pessoas possam se virar, ainda que esse ‘conhecimento’ possa ser errado ou mal representado.
Os políticos e a mídia também sabem da necessidade de simplicidade das pessoas. E aqui está o problema, especialmente em um mundo sempre mais complexo e confuso. Com o objetivo de fazer convergir as massas no sentido de certas ideias e fazer com que as coisas pareçam ‘simples’ para elas, tanto os políticos como a mídia têm partido do pressuposto formulado por Edward Bernays, o pai da propaganda, publicidade e relações públicas. E é aí que simplicidade se transforma em manipulação.
Bernays sabia como manipular grupos de pessoas e como atrair as massas aos produtos e mensagens da sociedade moderna. Agora, estamos todos sujeitos a esse tipo de manipulação, a cada dia e todos os dias, com o bombardeio incessante de comerciais.
Foi o acadêmico estadunidense Rick Roderick que notou como a tendência para a banalidade, a simplificação e a trivialização propostas pelas indústrias e áreas de excelência da propaganda, seja agora prolífica em toda a sociedade. Ele se referiu