trabalho

Desde os tempos da idade antiga, se deparamos com o preconceito e as dificuldades sofridas pelos doentes mentais. No Brasil não foi diferente, os doentes mentais viviam em condições sub-humanas, juntamente com os deficientes físicos e excluídos da sociedade (marginais, prostitutas, leprosos, etc.) Na década de 70, no Brasil iniciou se a reforma psiquiátrica, onde foi constatada cerca de 200 mil internações desnecessárias, serviços que nunca foram realizados, pacientes que não existiam e medicamentos que nunca chegaram aonde deveriam. Em Minas Gerais, no hospício de Barbacena ocorreram várias denúncias de maus tratos e violência, sendo todas elas oficializadas, e uma média de 60 mortes por mês de pacientes internados, os cadáveres eram enterrados atrás do hospício num cemitério clandestino. Em 1987 foi realizado a I Conferência Nacional de Saúde Mental, nessa época houve muitos conflitos sobre os modelos de atenção em saúde mental. O modelo hospitalocêntrico, foi alvo de críticas por considerar se ineficaz para os pacientes e por dar prejuízos para os cofres públicos. As principais dificuldades encontradas foram o próprio preconceito, o medo de “misturar” os doentes mentais novamente á sociedade. A reinserção dessas pessoas fazia parte do modelo aberto, e isso gerava críticas e uma barreira enorme, pois historicamente, o doente mental está vinculado ao regime de isolamento da vida normal. Com o movimento da luta antimanicomial no Brasil, houve quebras nas barreiras e muitas melhorias no regimento da atenção à saúde mental, mas ainda há muito o que melhorar para garantir um serviço adequado aos doentes mentais e suas famílias.

Dayane Dias Pereira dos Anjos