Trabalho
Em uma tentativa frustrada de se antecipar à criação da CPI da Petrobras, a base governista marcou para os dias 8 e 15 de abril a ida da presidente da Petrobras, Graça Foster, e do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em comissões no Senado, para prestar esclarecimentos a respeito de denúncias de irregularidades na estatal. Sob orientação do Palácio do Planalto, os aliados da presidente Dilma no Congresso pretendiam esvaziar a necessidade de instalação da CPI com os depoimentos de autoridades.
O senador Humberto Costa (PT-PE), líder do PT, afirmou ter conversado com Graça Foster e Lobão sobre o convite e, segundo o petista, eles estariam tranquilos e dispostos a prestar os esclarecimentos necessários.
— Ambos disseram que não teriam problema em vir ao Senado. Há uma clara demonstração do governo de que não queremos fugir de qualquer explicação ou problema. Nosso objetivo é esclarecer para que o Congresso possa se posicionar sem uma CPI. O governo está dando todas as explicações, não cabe colocar em uma disputa política uma empresa com a importância da Petrobras — afirmou Humberto Costa.
— O instrumento é importante, mas com o que ocorreu na CPI no ano passado, houve um profundo desgaste. Não foi indiciado nem o Cachoeira na última CPI, fazer uma CPI agora não daria resultado. O objetivo de muitos não é investigar, é fazer uma disputa política — completou o petista.
Ontem, a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovaram convite para que o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, e a