trabalho
Genário Alves Barbosa
Doutor em Psiquiatria Infantil pela Universidade de Sevilla - Espanha.
Coordenador do Mestrado em Desenvolvimento Humano da UFPB.
Professor de Psiquiatria Infantil da UFPB. Pesquisador 2B do CNPq.
Adriana de Andrade Gaião e Barbosa
Mestra em Desenvolvimento Humano pela Faculdade de Medicina - UFPB.
Psicóloga infanto-juvenil. Pesquisadora do Núcleo de
Transtornos do Desenvolvimento HU/UFPB - João Pessoa - PB.
Introdução
A síndrome hipercinética é caracterizada por início precoce e por uma combinação de comportamento hiperativo e pobremente modulado com desatenção marcante, falta de envolvimento persistente nas tarefas, conduta invasiva nas situações e persistência, no tempo, dessas características de comportamento.
Segundo Golfeto (1997a), é importante buscar explicações na Psicopatologia do Desenvolvimento, pois somente assim vamos encontrar, já em idades precoces, sintomatologia que vai explicar e justificar, em cada etapa evolutiva, probabilidades da criança ser hipercinética.
No primeiro ano de vida os bebês podem apresentar baixo peso, serem adotivos e irritáveis; ficam em estado de hiperalerta, dirigem o olhar a qualquer estímulo, dormem pouco, têm sono agitado, movimentam muito os membros superiores e inferiores, mostrando, assim, os primeiros sinais de hipercinesia, traduzidos por hiperatividade. Este será, portanto, o primeiro sintoma-alvo dessa síndrome e evidencia que a atividade motora está exacerbada. Nesta etapa evolutiva, os distúrbios da atenção e concentração não são os sintomas primários da síndrome hipercinética.
É interessante observar que Golfeto (1997a) destaca, em seus estudos, a adoção como sendo uma das prováveis causas desta síndrome e corrobora com investigadores europeus, tais como Taylor (1986), Pino e Mojarro Praxedes (1993). Destaca, ainda, a hipercinesia como sintoma inicial, ocasionando como consequência a futura síndrome hipercinética. Entre