Trabalho
As artes plásticas na contemporaneidade, - o lado erutdito da cultura – são absolutamente inacessíveis ao público em geral. Esta arte é feita a pensar em públicos muito específicos, públicos que se insiram no campo da Arte, e quando uma obra agrada ao público em geral, geralmente não agrada ao sistema da arte, e vice-versa. Neste sentido o sistema da arte opõe-se ao sistema cultural industrial por não perseguir o objectivo de arrecadar o maior mercado possível. Ao invés disto, este sistema artístico erudito possui os seus próprios critérios de julgamento dos seus objectos, alcançando assim uma certa autonomia quando comparado a outros sistemas sociais: um objecto é arte quando o mundo da arte decide que assim o é. Podemos, desta maneira, afirmar que a Arte está reservada a uma elite. Quando se compram obras de arte, adquire-se capital social e cultural. A Arte, à semelhança da religião, depende de uma determinada crença. É preciso acreditar-se na arte, no valor da arte. Ao contrario do ouro, no qual a relação é de confiança. Economicamente, quem sustenta a cultura erudita são as pessoas que possuem capital material. Milionários investem e adquirem capital social, porque adquirem status, adquirem capital cultural, e capital material na medida em que investir numa obra de arte se apresenta como sendo um investimento. Existe uma relação com a obra de arte mais parecida com a que existe relativamente à religião.; Uma relação que se sustenta numa determinada crença, diferente da relação que se estabelece por exemplo com o ouro, que é uma relação de confiança. São os detentores de capital material que sustentam o capital