Trabalho
Historicamente sempre houve classes sociais e, em sua maioria, uma delas sempre se sobrepôs em relação à outra, de modo que esse enfrentamento fazia emergir os conflitos sociais. Esses entraves, sem dúvida, eram aflorados devido às desigualdades notórias nas quais a classe dominante possuía as melhores condições financeiras, a propriedade privada, os meios de produção, isto é, a retenção de capital. Por outro lato, o proletariado dispunha somente da sua força de trabalho. Essa disparidade gerou conflitos que Marx chamou de dialética, ou seja, a oposição entre capital e trabalho, a luta entre as duas classes, um confronto entre tese e antítese que vai resultar num estágio mais avançado, uma síntese, uma transformação da sociedade.
A concentração de capital e, por conseguinte, o domínio dos meios de produção pela classe dominante, provocaram um distanciamento do trabalhador em relação ao produto final. Se antes ele detinha todos os meios de produção - iniciando pela matéria prima e o domínio das ferramentas de trabalho - a divisão e separação técnica do trabalho manual e intelectual, fez com que o trabalhador perdesse esse poder que tinha em relação ao produto final. Embora fosse uma produção limitada, por se ele o agente da criação, era feita de maneira única e isso lhe proporcionava um