Trabalho
Sussekind (2010) o escravo era visto como uma coisa (res, em latim) e não uma pessoa, sendo assim o seu proprietário poderia vendê-lo, trocá-lo, obrigá-lo a fazer quaisquer atividades e até matá-lo.
Nas primeiras décadas da colonização se aliciaram os indígenas nativos da terra, depois os negros trazidos da África que surgiram como opção para suprir a demanda de trabalho do Estado. Segundo Fausto (2003) houve um incremento na importação de escravos africanos a partir do ano de 1570 devido à instituição de algumas medidas adotas pela Coroa portuguesa para reduzir as mortes e a escravidão descontrolada dos índios. O autor ainda estima que entre os anos de
1550 e 1855, quatro milhões de escravos adentraram ao País.
Com a decadência da escravidão surgiu uma nova fonte de mão-de-obra, os imigrantes. Esses trabalhadores buscavam melhores condições de vida no Brasil, porém muitos foram trabalhar em lavouras de café, onde encontraram um regime semi-escravo, com poucos direitos e baixos salários. Para Gancho e Toledo (1992,
p. 37) nesse primeiro momento da imigração, grande parcela dos imigrantes recebiam um tratamento que se assemelhava aos moldes do regime de escravidão.
Alguns benefícios como o financiamento da viagem (da nação de origem) e a participação nos ganhos não eram na maioria das vezes concedidos ou pagos pelo empregador. A revolução industrial inglesa e a crise do café impulsionaram o surgimento das indústrias brasileiras. A percepção de que a prática agrícola da monocultura não era mais viável para o desenvolvimento econômico, abriu portas para esse processo. Conforme menciona Brum (1984, p. 54): “a crise do café, [...] comprova definitivamente a vulnerabilidade e a inviabilidade da monocultura exportadora como sustentáculo da economia”.
Em seguida a Primeira Guerra Mundial e as políticas trabalhistas de Vargas contribuíram para