trabalho
A história das exposições de arte é um instrumento imprescindível para a compreensão da história da arte. A Bienal de São Paulo é um caso significativamente singular, pois foi a primeira bienal a surgir em um país periférico no hemisfério sul, no qual provocou, a partir de 1951, uma dinâmica local particular. A mostra 30 × Bienal - Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição procura verificar os nexos, contextos, relações e processos que os artistas e obras estabeleceram como momentos determinantes na história da Bienal, da arte brasileira e também internacional. De fato, sem a rotina ininterrupta da Bienal, seria muito improvável a formação da tradição moderna e contemporânea tal como ocorreu, de maneira única nas artes plásticas brasileiras em contato e confronto com as tendências estrangeiras – e que veio a construir a própria história da exposição. A Bienal foi sempre, a cada edição, uma mostra da atualidade da produção artística brasileira. Inevitáveis, portanto, as posições em confronto, as relações e as aproximações. Foi o evento que rompeu com o isolamento cultural das artes plásticas e expandiu sua projeção para além daquele círculo de iniciados. Portanto, por meio tanto das obras quanto dos artistas da exposição, assim como da coletânea crítica do catálogo, 30 × Bienal busca apresentar as transformações da arte brasileira que ocorreram nas trinta edições – desde a polêmica sobre a arte abstrata que dominou os anos 1950, passando pela nova figuração, pelo experimentalismo e pelo influxo da arte pop nos anos 1960, pela atmosfera conceitual nos anos 1970, pelo retorno à pintura nos anos 1980 e pelas chamadas práticas contemporâneas que se manifestam desde o final do século 20. É o “efeito” Bienal, portanto, visto em sua totalidade: um processo transformador.
Artista participantes:
Miria Schendel: Mira Schendel ou Myrrha Dagmar Dub, foi uma artista plástica suíça radicada no Brasil, hoje