trabalho
Socialização é o processo onde o indivíduo aprende a ser um membro da sociedade, ou seja, é a imposição de padrões sociais à conduta individual. Conforme demonstramos esses padrões, chegamos a interferir nos processos fisiológicos do organismo. Esses padrões impostos durante o processo de socialização são relativos, e dependem não apenas das características individuais dos adultos que cuidam da criança, mas também dos vários grupamentos a que pertencem esses adultos. De qualquer maneira, não pode haver a menor dúvida de que, em termos objetivos, os adultos exercem um poder avassalador sobre a criança. É claro que esta pode resistir à pressão exercida por eles, mas o resultado provável de qualquer conflito só poderá ser a vitória dos adultos, pois eles apresentam-lhe certo mundo e para a criança, este mundo é “o mundo”. Somente depois a mesma descobre que existem alternativas fora desse mundo, que o mundo de seus pais é relativo no tempo e no espaço e que padrões diferentes podem ser notados. Só então o indivíduo toma conhecimento da relatividade dos padrões e dos mundos sociais.
A iniciação da criança: o mundo transforma-se em seu mundo
Segundo a “visão policialesca” a socialização é vista principalmente como uma série de controles exercidos de fora e apoiada por algum sistema de recompensas e castigos. O mesmo fenômeno pode ser examinado por outra forma, que pode ser considerado mais benigno. Ela passa a ser considerada um processo de iniciação por meio do qual a criança pode desenvolver-se e expandir-se a fim de ingressar num mundo que está ao seu alcance. Sob este ponto de vista a socialização constitui parte essencial do processo de humanização integral e plena realização do potencial do indivíduo. De início, o mundo social dos pais apresenta-se à criança como uma realidade externa, misteriosa e poderosa. No curso do processo de socialização este mundo torna-se inteligível. A criança