trabalho
Em relação à cobertura dos bens e serviços sociais, podemos identificar, segundo a literatura especializada, dentre outras classificações, as seguintes concepções: “universalista, institucional / estatizado, generoso na cobertura”; “privatista / residual”; e “seletiva / focalizada” etc. 1 O reconhecimento da questão social nos países capitalistas está relacionado à reprodução da força de trabalho, à regulação das relações entre capital e trabalho e à produção de legitimidade, sendo concebido enquanto produto tanto da necessidade que são impostas pelas relações econômicas, derivadas da produção capitalista, quanto pelas demandas de grupos e classes sociais, cristalizadas em relações políticas (GALLO, 1992). A questão social expressa, assim, um conjunto de problemas políticos, sociais e econômicos, que a formação da classe operária e seu ingresso no cenário político desencadeiam no curso da constituição e desenvolvimento da sociedade capitalista (RAICHELIS, 1998). Qualit@s - Revista Eletrônica - ISSN 1677- 4280 – Edição Especial
Quanto ao financiamento das políticas sociais, a literatura aponta para os seguintes modelos:
“contributivo”, “distributivo” e “redistributivo”.
O modelo contributivo caracteriza-se pelo acesso aos bens, serviços ou benefícios mediante contribuição financeira (mercadorização). Este modelo foi inaugurado na Alemanha, no final do século XIX.
O modelo distributivo pauta-se pela característica principal de não colocar em confrontação direta de possuidores e não possuidores de bens e riquezas, pois transfere para os despossuídos recursos acumulados em um fundo público proveniente de várias fontes (LOWI, 1963, apud PEREIRA, 2000). Em contrapartida, o modelo redistributivo constitui-se numa arena real de conflitos de interesses, pois implica retirar bens e riquezas de quem os