Trabalho
O capital próprio é a parcela de recursos que o empreendedor aloca no negócio, financiando a sua existência. Ele encontra-se identificado pela contabilidade com a denominação de Patrimônio Líquido, no lado dos passivos. Quando você se decide em alocar o capital em uma empresa, mesmo sem saber está decidindo que vai deixá-lo eternamente lá, pois o prazo de resgate é perpétuo. Isso mesmo, você nunca retira totalmente o capital que colocou no negócio. Só quando fecha ou quando vende. A finalidade dele é fomentar riqueza para os acionistas e para a sociedade, através da geração de novos empreendimentos e com isso mais produtos e serviços ofertados.
Por isso mesmo que o retorno sobre esse capital precisa ser compensador. Mais compensador do que o capital de terceiros que não corre o risco do negócio e cobra com certeza a sua devolução com o acréscimo de juros. Agostinho Santana, bem ensina que a única coisa que compensa ser proprietário de empresa, é ter um retorno maior do que os outros. Se não é melhor ser os outros. E ele está certo. Se o capital de terceiros é mais remunerado que o seu, de que adianta colocá-lo no empreendimento? Quanto maior for a participação de capital próprio, maior deverá ser o retorno obtido.
A grande maioria das empresas, não sabe quanto custa o capital próprio. Sabe o custo do capital de terceiros porque ele já vem calculado e pronto para ser cobrado. E se não for pago, tem um custo. O capital próprio quase nunca procede da mesma maneira, pois sua taxa nem sempre é visível ao gestor. A baixa exigibilidade do capital próprio concorre para a baixa do retorno sobre os ativos que por sua vez é gerado pela ineficácia em sua gestão, porque "quando não há custo qualquer retorno satisfaz".
O capital próprio corresponde ao património líquido da empresa. Este texto analisa várias rubricas com tradução contabilística: capital social, reservas, prestações suplementares e resultados transitados.
O capital próprio,