trabalho
Lazer e trabalho é um tema muito discutido na atualidade, diversos são os caminhos que nos levam a refletir sobre o assunto, vemos a necessidade de falar sobre a ótica do tempo livre que tem estreita relação com o lazer do trabalhador, as colocações podem se organizar assim: Tempo livre é a sobra após o trabalho, é o que fica livre das obrigações cotidianas, e que empregamos em que queremos,ou seja é a parte do tempo destinado ao desenvolvimento físico e intelectual do homem com um fim em si mesmo.
A imagem tradicional do modelo social vigente mostra que o trabalho é o tempo principal, necessário, imprescindível, prioridade uma vez que é o único "produto", segundo a ótica social de nosso tempo, surge, por exemplo, frases como "tempo é dinheiro", onde vemos a imagem que o homem tem do tempo como máquina de dinheiro, riquezas, lucros.
Essa situação como uma espécie de esquizofrenia do pensar e do trabalho humano, ao passo que do ponto de vista antropológico, divide o homem em trabalhador (homo faber), num momento, e no outro, em lúdico (homo ludens). Analisando as práticas cotidianas é verificável que quase todos os trabalhos são ou devem ser tediosos, ou carentes de criação, dividindo-se prazer, criatividade, diversão e liberdade para o tempo livre, deixando para o trabalho tédio, monotonia, estresse e produtividade econômica.
No mesmo sentido Erich Fromm amplia os conceitos: "O homem não sente a si próprio como portador ativo de suas próprias capacidades e riquezas, mas como uma coisa empobrecida que depende de poderes externos a ele, nos quais projeta sua substância vital".
De fato, a observação da prática do lazer na sociedade contemporânea é marcada por fortes componentes de produtividade. Valorizam-se a performance e o produto e não o processo de vivência que lhe dá origem estimula-se a prática compulsória de moda ou status. Na dinâmica do trabalho o individuo se dissocia coisificando a si mesmo, ele vende sua