trabalho
Andrew Beckett (Tom Hanks) é um excelente advogado, que trabalha num escritório de juristas de grande prestígio em Filadélfia. Sendo homossexual e portador de sida acaba por ser discriminado por parte da firma onde exerce a sua profissão, como advogado.
Neste filme observamos todos os acontecimentos que sucedem após esta constatação, apesar de o filme ser protagonizado nos Estados Unidos, berço da Declaração da Independência americana, que primava pela liberdade e tantos outros preceitos, entre eles a dignidade e a igualdade, nem por isso deixa de retratar um problema que surgiu naquela época. E é aí que habita a grande e minuciosa mensagem do filme: a falta de tratamento igual e a discriminação contra as pessoas de diferentes escolhas ou opções, até mesmo no local onde isso foi contestado e contraposto com tanta intensidade, intrepidez e até mesmo obstinação.
Filadélfia é um filme simples e objectivo em que a ideia abordada é única e irredutível: tratar dos preconceitos. Não se limita a focar unicamente o problema da SIDA, muito pelo contrário, a obra abrange também, com firmeza e esclarecimento, a homofobia e, em algumas cenas, o racismo.
Este filme trouxe ao mundo, com toda a certeza, uma visão mais esclarecida sobre a SIDA, tema que, na época, era pouco conhecido ou, pelo menos, com o qual se tinha uma preocupação muito menor. Percebemos isso quando nos deparamos com o medo de contaminação pelo toque e, até mesmo, pelo próprio ar. Além do mais, conseguimos vivenciar todos os medos de Andy, que, movido pelo carácter e rectidão, busca justiça. O que é verdade é que a vida é uma sentença de morte e a SIDA torna-se um catalisador que acelera esta sentença: Andrew fica pior e mais fraco a cada dia, o que faz com que tenhamos, de certa maneira,