trabalho
Lulu é um funcionário que corresponde a este tipo ideal de trabalhador, por sua disciplina e concentração, atinge o nível máximo de produtividade dentro da empresa, seu desempenho exemplar o coloca como parâmetro de produção aos demais funcionários, que têm de alcançar seu ritmo, isto é motivo de discórdia e indignação dos outros trabalhadores ante a postura “puxa-saco” e “pelega” de Lulu. Ele reconhecendo que seu trabalho é amplamente repetitivo, exaustivo e que não precisa de um conhecimento elevado, expressa-se a um novato: “Esta função até um macaco pode fazer, portanto, você também pode”, o que Taylor caracterizaria como “gorila domesticado”. Lulu se vê obrigado a produzir mais em menos tempo, pois possui apenas sua força de trabalho e depende de sua produção para sobreviver, bem como diz à sua mulher, insatisfeito: “O indivíduo trabalha para comer”. Isto é devido à exploração da força de trabalhado pelo capitalista, detentor dos meios de produção, uma clara alusão a conceituação de Lênin: “Os patrões pagam aos operários exclusivamente o salário imprescindível para que estes e sua família mal possam subsistir” (1979, pp. 37).
Lulu está cansado e descontente com sua rotina e mesmo em meio aos discursos de estudantes e sindicalistas –