Bacterias gram-positivas e gram-negativas
Por aplicação da técnica, tendo como resultado a diferenciação no aspecto pigmentar, estes microorganismos causadores de doenças passaram a ser identificados em dois grupos básicos: as bactérias Gram-positivas e as bactérias Gram-negativas.
Para efetuar a distinção por esta metodologia, as culturas bacteriológicas são submetidas a um tratamento com corante de coloração violeta (violeta de genciana).
Tendo em vista a estruturação citológica das bactérias, isto é, de suas células, as bactérias podem apresentar características estruturais incomuns de acordo com a espécie. Algumas possuem além da membrana plasmática e a parede celular (formadas por elementos peptidoglicanos que integram a parede celular), uma terceira camada lipoprotéica de revestimento, de considerável espessura, contendo lipopolissacarídeos.
Tal diversidade bacteriana, quando aplicado à técnica, resulta em dois padrões de coloração:
- As bactérias que não possuem a camada com lipídios associados a polissacarídeos são coradas com violeta de genciana, que impregna a camada peptidoglicana. Estas bactérias, por assimilação ao corante, são classificadas como Gram-positivas;
- Já as bactérias que em sua morfologia apresentam as três camadas, não são coradas pelo corante, devido a não afinidade entre a pigmentação e a camada de lipopolissacarídeos, que também impede a fixação do corante com a camada de peptidoglicana subjacente. Portanto, essas bactérias são classificadas como Gram-negativas.
Este critério de identificação auxilia, por exemplo, o tratamento a estes agentes etiológicos (as bactérias), visto que as Gram-negativas são mais tolerantes e as Gram-positivas são mais sensíveis a antibióticos (penicilina).
Exemplos de bactérias Gram-negativas:
Pseudomonas aeruginosas – provoca infecções