Trabalho
O presente trabalho consiste no estudo da liderança exercida pelo Almirante Alexandrino de Alencar o qual dos seus 78 anos de vida, permaneceu 61 anos dentro dos quadros da Armada nacional. Para efeito de esclarecimento é importante que façamos um breve histórico a respeito do cenário cultural, econômico, psicossocial e político que influenciou o seu aparecimento e suas ações.
No período de 1886/87, a monarquia não era mais uma solução e sim um problema. As instituições, a agricultura, a indústria, o comércio, os partidos, os religiosos passaram a ser vítimas da desintegração do Governo. No que concerne às Forças Armadas, as queixas contra a indiferença do Imperador e de seu gabinete se avolumavam. Desde o término da guerra (Brasil x Paraguai) se ressentiam elas da falta de meios adequados para o seu melhor adestramento. O descontentamento agravou-se com a tentativa de atribuir aos quadros do Exército o papel de “capitão do mato”, isto é, de caça a escravos fugitivos.
Em 1889 contrariamente a tantos oficiais da Marinha, que se mantiveram fiéis à coroa, Alexandrino de Alencar apoiou o pronunciamento militar que derrubou o regime monárquico e instituiu no país o sistema republicano. Comandante do Encouraçado Riachuelo, no posto de Capitão Tenente, a 15 de novembro daquele ano ele desembarca no Porto do Rio de Janeiro, à frente de sua marujada, para dar cobertura ao movimento, desfechado pelo Exército. No Arsenal de Marinha, ao lado do Almirante Wandenkolk, recebeu o agrupamento, encabeçado por Deodoro da Fonseca e Benjamin Constant, selando-se nesse encontro “congraçamento das duas forças armadas em prol da República”. Daí a dois dias, em 17 de novembro, o Encouraçado Riachuelo levantou ferros, sob seu comando, com a missão de comboiar o Vapor Alagoas, que levou para o exílio D. Pedro II e a família imperial.
Em seis de setembro de 1893 eclodiu a Revolta da Armada contra o governo de Floriano Peixoto. Durante pouco mais de sete meses o