trabalho e emprego na franca
Disciplina: Relacao de Trabalho e Politica
TRABALHO E EMPREGO NA FRANCA
Joao Pessoa 08 de Abril 2013
Introducao
Desde as duas últimas décadas do séc. XX, uma nova conjuntura histórica se ergue num quadro de crise do capitalismo. Trata-se de um momento marcado pela mundialização, fundada na hegemonia da "lógica financeira", que ultrapassa o terreno estritamente econômico do mercado e impregna todos os âmbitos da vida social, dando conteúdo a um novo modo de trabalho e de vida. Trata-se de uma rapidez inédita do tempo social, que parece não ultrapassar o presente contínuo, um tempo sustentado na volatilidade efemeridade e descartabilidade, sem limites, de tudo o que se produz e, principalmente, dos que produzem - os homens e mulheres que vivem do trabalho.
Neste contexto histórico, a flexibilização e a precarização do trabalho se metamorfoseiam, assumindo novas dimensões e configurações.
As principais teses de referência nos estudos franceses
Primeiramente, encontra-se na sociologia do trabalho francesa, uma vasta e rica produção teórica e empírica sobre flexibilização e precarização do trabalho que remonta ao início dos anos 1980. Entretanto, em nossa pesquisa, delimitou-se ao levantamento de trabalhos publicados entre 1990 e 2006, que tinham como foco de análise a “moderna precarização”, enquanto desdobramento da “crise do emprego” iniciada naquela década. Foi, portanto, a partir dos estudos empíricos selecionados que se pode identificar quatro teses principais referidas nessas pesquisas: 1) as teses de R. Castel, sobre a metamorfose da condição salarial e da nova questão social determinada pela precarização como processo social e parte central da dinâmica do moderno capitalismo, já referida nos estudos brasileiros; 2) as teses da psicodinâmica do trabalho, de C. Dejours, atualizada/contextualizada em suas pesquisas no quadro de “guerra