TRABALHO A Farsa de In s Pereira

TRABALHO – 1a Série – Data de entrega: 10/06/11

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A FARSA DE INÊS PEREIRA

1. Apresentação

Gil Vicente (1465-1536) foi o maior representante do Humanismo em Portugal.
Isso significa dizer que, em sua obra, ele apresenta uma visão de mundo centrada no ser humano, nas circunstâncias de sua vida pessoal e social. Como sua perspectiva é a da moral católica medieval, suas peças são fontes importantes para o conhecimento da transição vivida pela Europa no século XVI, no período entre o final da Idade Média o início do Renascimento.
Para além dessas coordenadas específicas, algumas peças de sua autoria podem ser apreciadas ainda hoje, graças à agilidade da linguagem e do enredo. Dessas, as mais cativantes – principalmente para os jovens – são as cômicas. A Trilogia das Barcas, por exemplo, consegue conquistar o público de todas as épocas, pela permanência de sua temática. A Farsa de Inês Pereira, encenada em 1523, representa um dos pontos altos do teatro vicentino. Utilizando o riso como arma de sedução do público, Gil Vicente busca moralizar a sociedade, criando um quadro sugestivo do funcionamento social e das concepções ideológicas vigentes.

2. Síntese

Inês Pereira é uma jovem solteira em busca de marido. Vive com a mãe e pensa que, com o casamento, poderá se libertar dos serviços domésticos e alcançar a vida alegre e festiva que almeja. A alcoviteira Lianor Vaz se dispõe a auxiliá-la e sugere para marido Pero Marques, um lavrador que logo será herdeiro da fortuna paterna.
Ao conhecer seu pretendente, Inês percebe que se trata de homem simplório, muito distante de seu ideal de esposo, que incluía qualidades como distinção e galanteria. Por isso, contrariando os conselhos maternos, rejeita-o, reafirmando sua intenção de se casar com alguém que saiba apreciar-lhe a beleza, mesmo