Trabalho Tays
Educação e qualidade são teclas que batem juntas quando se trata das necessidades do Brasil. E a prioridade nesse campo é, sem dúvida, o Ensino Fundamental na escola pública, à qual a maioria dos brasileiros tem acesso. O ensino privado, no entanto, participa da discussão sobre medidas a tomar para que o sistema responda aos anseios dos estudantes.
Filho e neto de professores e gestores de escola, Arthur Fonseca Filho dirige em Sorocaba (SP) um centro que oferece desde o Ensino Fundamental até o universitário, incluindo um Instituto Superior de Ensino e Formação de Gestores. Há anos, ele vem colocando sua vivência na escola particular a serviço das políticas educacionais públicas. Na reformulação dessas políticas, a primeira meta foi um salto quantitativo: a universalização do ensino básico. "Somos pobres mas pretensiosos, pois o que chamamos de Educação Básica vai dos 3 meses aos 17 anos de idade", diz. Esse objetivo não está totalmente cumprido, mas nos estados mais ricos o salto vem sendo ensaiado.
A segunda meta é impulsionar um salto qualitativo, o que, segundo Fonseca Filho, é um processo mais complexo e demorado. Ele dá sugestões sobre como a escola particular, com suas características próprias, pode interagir com a escola pública visando avanços na educação brasileira.
Por que demora para termos um ensino básico de qualidade?
Não há perspectiva de um progresso radical no curto prazo, a ser comemorado com fogos de artifício. As últimas avaliações da educação nacional mostram uma curva ascendente, mas os resultados não aparecem na hora. Já temos uma legislação federal suficientemente aberta para permitir que os diversos sistemas estaduais e municipais desenvolvam suas propostas educacionais. Mas partimos de um momento em que boa parte dos estados tinha professores com formação de nível médio ou nem desse nível. É preciso atender às exigências do Plano Nacional de Educação para que os educadores