Trabalho sociologia da educacao (industria cultural, sociedade de espetáculo)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Faculdade de Educação- I semestre de 2015
Sociologia da Educação- Exercício Avaliativo I
Professora: Inês Teixeira

Nome: Isabela Fernandes Pena

O poema de Drummond, ‘’Eu, etiqueta’’ faz uma crítica muito incisiva em relação aos valores e comportamentos de consumo atualmente. Os textos ‘’indústria cultural’’ e ‘’sociedade de espetáculo’’ também analisam tais comportamentos, embora de uma maneira aprofundada. Através do poema, podemos ver inúmeras ocasiões e exemplos de uma sociedade de espetáculo e também traços da indústria cultural. O poeta diz: ‘’Meu blusão traz lembrete de bebida/ que jamais pus na boca, nesta vida/ Em minha camiseta, a marca de cigarro/que não fumo, até hoje não fumei./Minhas meias falam de produto/ que nunca experimentei /mas são comunicados a meus pés’’. Neste trecho podemos observar que o sujeito nem ao menos usufrui dos produtos das marcas pelas quais se sujeita a ser ‘’outdoor’’, evidenciando que o que Guy Debord descreve em seu texto, quando trata do consumo do inacessível como uma certa promessa da felicidade, e a satisfação que a mercadoria não pode oferecer acaba sendo procurada no reconhecimento de seu ‘’valor’’, para isso o uso dos famosos slogans, fazendo uma menção ao valor daquele produto. No texto ‘’Indústria Cultural’’ fica claro para o leitor a ideia de uma padronização, imposta pelos dominantes e a falta de originalidade acrítica dos dominados. No trecho: ‘’ Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,/ minha gravata e cinto e escova e pente, /meu copo, minha xícara, minha toalha de banho e sabonete, /meu isso, meu aquilo, desde a cabeça ao bico dos sapatos, /são mensagens, letras falantes, /gritos visuais, /ordens de uso, abuso, reincidência, /costume, hábito, premência, /indispensabilidade, /e fazem de mim homem-anúncio itinerante,/ escravo da matéria anunciada.’’
Drummond faz uma longa enumeração, que pode ser traduzida pelo fato de que todos os