TRABALHO SOBRE HABERMAS
Habermas reorientará seus esforços no sentido da social-democracia. Sem deixar de lado os problemas e limitações (ou, como diria o autor, “patologias”) do capitalismo industrial e sem abdicar de um posicionamento crítico, Habermas tentará formular um conjunto de princípios que deveriam nortear as relações entre as instituições políticas do Estado, as práticas econômicas do capitalismo e a Sociedade Civil composta pelas demais instituições e formas de organização dos membros da sociedade. Esses princípios terão como base filosófica a ideia de uma razão comunicativa orientada para o entendimento mútuo dos participantes da vida social.
Glossário: “Social-Democracia” é o nome dado à orientação dos partidos políticos que pretendem reformar o capitalismo, tornando-o mais apto a lidar com os conflitos e diferenças de interesse na sociedade. Os partidos que seguem esta orientação constituem uma esquerda moderada, sem pretensões revolucionárias, e que aspira a transformações sociais sem abrir mão do modelo de produção capitalista.
O autor, seguindo toda uma reorganização na filosofia que ocorreu no século XX e que mostrou como a linguagem é central no conhecimento, nas práticas e nas normas que estruturam a convivência humana (a chamada “virada linguística”), dirá que a razão deve ser observada a partir dos processos nos quais os seres humanos se comunicam.
A aposta de Habermas é a seguinte: se a razão comunicativa fosse disseminada por toda uma sociedade como uma espécie de ideal assumido por todos (um ideal normativo) quando se comunicassem ou agissem em conjunto, o resultado seria uma transformação na qual as sociedades seriam mais capazes de controlar os poderes político e econômico.
Mas, qual é a doença que se pretende curar aqui?
Com o desaparecimento dos regimes monárquicos e surgimento das democracias, deu surgimento a um novo modelo de sociedade em termos políticos e econômicos, onde o valor central é a autonomia.