fichamento habermas
Estudante - Thiago A. S.
Resumo do livro Técnica e ciência como ideologia de Jürgen Habermas, capítulo I
TRABALHO E INTERAÇÃO
Neste capítulo Habermas descreve a filosofia do espírito de Hegel, proferidas em
Iena entre 1804 e 1806. Habermas pretende defender a tese de que “Hegel põe na base do processo de formação do espírito uma concepção sitemática peculiar, mais tarde abandonada”. Essa formação do espírito, para Hegel, se dá através da relação dialética entre a representação simbólica, o processo do trabalho e a interação, que servem de mediação entre o sujeito e o objeto. Habermas se opõe a essa concepção sistemática apresentando a tese de que a estrutura do espírito só aparece claramente quando essas relações são analisadas conjuntamente: “não é o espírito no movimento absoluto da reflexão sobre si mesmo que, entre outras coisas, também se manifesta na linguagem, no trabalho e na relação ética, mas é precisamente a relação dialética de simbolização linguística, de trabalho e de interação que determina o conceito do espírito.”
I
Nesta seção Habermas retoma o conceito de Eu apresentado na lógica subjetiva de
Hegel e mostra a sua influência advinda do conceito de Eu de Kant representado como “unidade pura que a si mesma se refere” através da autoreflexão. Para
Habermas, Fitche vai mais longe na reflexão sobre a autoreflexão, contudo encontra um problema na “fundamentação última do eu” na subjetividade do Eu enquanto
Hegel parte para o âmbito da intersubjetividade do espírito onde a autoconsciência resulta da experiência da intereção quando “Eu aprendo a ver-me com os olhos do outro sujeito”. Para isso Hegel necessitou investigar o Eu através de uma filosofia do espírito, onde sem interação os sujeitos não poderiam existir como sujeitos. Para
Hegel o Eu deriva de todos os conteúdos dados a um sujeito cognoscente colocando todos os indivíduos num plano que é ao mesmo tempo universal e particular.
Habermas