Trabalho sobre advérbios
Além dessa primordial definição dada por Celso Cunha e Lindley Cintra, há na gramática escrita por eles uma delimitação importante da categoria ADVÉRBIO: “A essa função básica, geral, certos advérbios acrescentam outras que lhe são privativas.” Essa visão é voltada para a tradição da gramática normativa, que utiliza critérios semânticos para divisão de palavras na classe dos ADVÉRBIOS.
O critério sintático se faz presente em partes relevantes do capitulo de ADVÉRBIOS da gramática de Cunha e Cintra, por exemplo : “Saliente-se ainda que alguns advérbios aparecem, não raro, modificando toda a oração (o que a NGB chama de ADVÉRBIOS de ORAÇÃO)”
Porém, esses próprios autores não mencionam diretamente a função sintática típica dos ADVÉRBIOS que é a de adjunto adverbial.
Já Manoel P. Ribeiro em sua gramática escolar também segue essa categorização dos ADVÉRBIOS. O autor afirma que:
“Para expressão de nossas idéias ou do nosso pensamento, utilizamo-nos de palavras ou orações que acompanham, principalmente, o verbo. São por isso, chamadas de advérbios, locuções adverbiais e orações adverbiais.”
Ribeiro nesse ponto inicial do capítulo dedicado a classe dos ADVÉRBIOS utiliza basicamente o conceito semântico, de que essas palavras transmitem certas CIRCUNSTÂNCIAS e que “são elementos enriquecedores de nossas mensagens”.
Assim como Cunha e Cintra, Manoel P. Ribeiro define de maneira genérica essa classe de palavras: “o advérbio atua como expressão modificadora (determinante) de um verbo. E ainda, determinante de outro advérbio, de um adjetivo ou de outra oração inteira”
Porém, diferentemente de Celso Cunha e Lindley Cintra, Manoel P. Ribeiro concretiza tais estudos apontados por Cunha e Cintra em suas