trabalho segundo marx
Karl Marx foi um dos principais teóricos do trabalho. Na sua teoria, o processo de trabalho ocupa um posto muito importante e tem um aspecto duplo, o de transformação material e o de valorização do capital. No pensamento econômico de Marx, o trabalho tem de ser tomado com referência a alguma coisa, desvinculando-se da sua utilidade prática imediata. Sua importância, nesse caso, refere-se à maneira como pode se encaixar em um sistema mais amplo, que é o processo de produção material da existência no capitalismo.
Karl Marx compreende o trabalho como atividade fundamental da humanidade. E o trabalho, sendo a centralidade da atividade humana, se desenvolve socialmente. Sendo o homem um ser social, suas relações de produção e suas relações sociais fundam todo processo de formação da humanidade.
No Primeiro Manuscrito, Marx apresenta um conceito de trabalho diferente daquele da crítica ao capitalismo. Nessa obra, ele expõe uma visão filosófica a respeito da existência humana, contrapondo-a ao ponto de vista da economia política, que reduz todas as ações humanas a motivações de ordem econômica. Com efeito, o conceito filosófico de trabalho é formulado por Marx em contraposição, a um só tempo, à concepção deturpada das teorias econômicas e às circunstâncias reais alienadas das relações de produção.
Existem dois modos, segundo Marx, pelos quais os capitalistas podem aumentar a taxa de mais-valia, um comum a todos os modos de produção, o outro específico do capitalismo. Esses modos correspondem respectivamente à produção de mais-valia absoluta e mais-valia relativa. A mais-valia absoluta é criada pelo aumento da jornada de trabalho. Assim, se os trabalhadores gastam 10 horas ao invés de 8 horas no trabalho, quando o trabalho necessário é ainda somente 4 horas, então mais 2 horas de trabalho são adicionadas. A taxa de mais-valia aumentou de 4/4 para 6/4, ou de 100% para 150%
Existem, todavia, limites objetivos para aumento da jornada de trabalho.