Trabalho prédio em Santos
Os prédios da orla de Santos já se tornaram cartão postal da cidade, com sua curiosa inclinação devido ao recalque sofrido eles chamam atenção devido a sua angulação expressiva, que chega a 1,70m do topo do prédio em relação a sua base. Antigamente muitos se perguntavam qual a origem de tal problema e se essas obras eram realmente seguras para os moradores e transeuntes. No decorrer desse trabalho serão apresentados os eventuais problemas e possíveis soluções para que as edificações voltem ao seu estado correto e evitar que ocorra o mesmo problema em novas obras.
CAUSAS DO RECALQUE
Existem várias explicações para tais problemas, eles podem ter sido causados pelo uso de fundações diretas de 1,5 a 2,0m de profundidade, em um solo composto por camadas de areia e argila marinha mole, ou pela influência do peso dos edifícios juntamente com a tensão dos bulbos de pressão (alguns edifícios ainda sofrem influência dos bulbos dos edifícios vizinhos) ou ainda o sobreadensamento das argilas existentes nesses perfis. Algumas características geotécnicas da Baixada Santista foram apontadas por Massad (1985, 1994 e 1999), como a causa do sobreadensamento das argilas ocorrer devido a três principais fatores, sendo eles:
Oscilação negativa do nível do mar durante os últimos 7500 anos;
Ação de dunas eólicas;
Envelhecimento das argilas A ideia do envelhecimento das argilas, também conhecido como “aging” é o fenômeno de reorientação das partículas sob tensão efetiva constante, onde ocorre uma redução do índice de vazios levando a uma configuração mais estável da estrutura do solo. Com o rearranjo de partículas ocorre um ganho de resistência do solo que aumenta com o tempo de aplicação dessa tensão, segundo Bjerrum (1967). Porém a idéia logo foi dispensada por ter uma influência muito pequena sobre o efeito de sobreadensamento.
O pré adensamento ocorreu devido ao grande rebaixamento do nível do mar que atingiu uma altura de 110m negativos há aproximadamente 17.000