O ser como verdade e vontade - Metaf sica
Curso: Filosofia
Disciplina: Metafísica I
Prof.º Ms. Dr. Pe. Ézio Belini
Aluno: Robson Nunes Martinelli RGM: 2012861
Atividade: Apresentação de alguns pontos do capítulo 4 sobre a verdade e bondade do ser, a partir do livro “Metafísica”, de Aniceto Molinaro.
4.5 A VERDADE E A BONDADE: PREMISSA CRÍTICA SOBRE A SISTEMÁTICA TOMISTA
Prosseguindo a exposições das propriedades transcendentais do Ser, é necessário agora se traçar uma reflexão sobre a verdade e bondade, formulando assim uma premissa crítica sobre a sistemática tomista. A unidade do ser consiste na sua positividade absoluta, ou seja, quando tudo é interior ao ser, sendo que não existe realidade alguma fora dele, logo, infere-se que ele só pode se opor ao não-ser.
Contudo, quando se fala de verdade e de bondade, se torna necessário fazer uma separação entre o ser e o espírito, ou à alma, não uma separação que coloque em risco a unidade do ser. Essa separação deve gerar uma superação, cuja no final se origina a ideia de verdade e de bondade, sendo que de uma parte se põe o espírito e de outro o ser, ou o ente.
O Espírito, por sua vez, possui uma separação entre inteligência e vontade, sendo que uma ou outra é o caminho que o espírito supera a separação e se coloca em identificação com o ser. Isso é necessário porque ao se olhar essa identificação a partir da linha da inteligência, tem-se a propriedade da verdade, pois a verdade é a conformidade do ser com a inteligência, ou uma relação de adequação. Contudo, se esta identificação é vista a partir da linha da vontade, tem-se a propriedade da bondade, que por sua vez é a conformidade da vontade com o ser, ou também, uma adequação de ambos.
A conformidade que nasce de ambos são de modo diferente, pois a conformidade do espírito se espelha em uma interiorização, ou seja, o ser se conforma com inteligência enquanto se torna interior a ela. Cria-se assim um movimento, onde se parte do ser para a inteligência, por isso a verdade é a presença