Trabalho Luana
HIPOTIREOIDISMO
O hipotireoidismo é considerado uma das anormalidades endócrinas mais comuns da espécie canina. Trata-se de uma desordem sistêmica que resulta de concentrações séricas inadequadas de hormônios da tireóide. Pode ser classificado em primário, secundário ou terciário.
Em cães, o hipotireoidismo geralmente resulta de lesões primárias na tireóide, especialmente a atrofia idiopática e a tireoidite linfocítica. O hipotireoidismo secundário é resultante de lesões hipofisárias decorrentes de tumores ou anormalidades congênitas, com conseqüente deficiência na síntese de TSH, enquanto que o hipotireoidismo terciário é devido a uma deficiência de TRH. Nota-se que os dois últimos não são freqüentes.
Os sinais clássicos desta doença incluem obesidade, letargia, fácies trágica, alopecia e outras alterações dermatológicas (hiperqueratose, hiperpigmentação, seborréia, foliculite, piodermite e furunculose recidivantes). Podem ocorrer anormalidades reprodutivas, anormalidades envolvendo o sistema nervoso central e periférico, sistema cardiovascular e gastrointestinal, anormalidades hematológicas e coma por mixedema.
Estabelecer o diagnóstico desta endocrinopatia não é uma missão muito fácil, devido à falta de um único teste que forneça uma confirmação acurada do diagnóstico clínico. Além disso, a presença de fatores como raça, doença sistêmica e administração de medicamentos podem alterar os resultados dos testes de função tireoidiana, tornando difícil a sua interpretação. As anormalidades mais freqüentes são a hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e uma discreta anemia normocítica normocrômica não regenerativa. O diagnóstico deve ser determinado com base nos achados clínicos, exames laboratoriais de rotina e testes de função tireoidiana.
Embora a mensuração sérica de T4 possa ser utilizada como teste de triagem inicial, somente a avaliação criteriosa de um painel tireoidiano proporciona uma análise mais informativa do eixo hipófise-tireóide e da