trabalho libras
A SURDEZ: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre.
Editora Mediação. 1998.
E Q U I P E 3 : C A P Í T U LO S 7 E 8 : C É S A R , J O Ã O V I T O R , T H I A G O E J O Ã O G A B R I E L
7. Surdos: esse “outro” de que fala a mídia
O funcionamento de uma sociedade está embasado nos sentidos dados aos objetos; as práticas sociais determinam o imaginário social de um determinado grupo em uma época dada e, ao mesmo tempo, o sistema de representações determina as práticas sociais.
Para a mídia, as concepções para os surdos e a surdez é, improdutividade, incapacidade, limites e possibilidades.
Imaginários e representações como maquinarias sociais
O conceito de imaginário social apresentado por Cornélius Castoriadis, autor apontado por
Barbier (1994) diz que, “dá-se a um objeto o sentido que se deseja, fazendo valer os interesses de quem comanda.”
Assim, é legitimada a ideia de que o negro dificilmente alcança um lugar privilegiado na sociedade devido a uma inferioridade biológica em relação ao branco; o surdo é tido como inútil e/ou improdutivo quando não consegue se comunicar oralmente como os ouvintes, etc.
A SOCIEDADE DIZ QUE O SURDO É COMO ALGUEM INFERIOR
Subjetividades e práticas na educação de surdos
Na atualidade, sabe-se que a educação de surdos, enquanto parte integrante da educação geral, deve seguir os mesmo princípios e fins. Mas, na prática, isto nem sempre ocorre, pois muito além das políticas educacionais estão as subjetividades que conduzem a sua aplicabilidade.
Na história da educação dos surdos surgiram várias tendências, as filosofias educacionais foram
(re)feitas de acordo com os interesses, crenças e valores de cada época. A história desta educação é, reflexo do pensamento e dos interesses dominantes em cada época e em cada sociedade. Surdo = deficiente auditivo; educação = reabilitação...
A mídia, principal formadora de opiniões em nosso tempo, é também uma das principais responsáveis pela imagem social que temos sobre