Trabalho Libras
1.Introdução
A história nos traz inúmeras tentativas de encontrar uma solução para a problemática da comunicação na surdez. Num primeiro momento a tentativa de instruir os surdos veio como uma necessidade para manter a herança das famílias abastadas, além do interesse de religiosos em educá-los para salvação de suas almas. Um grande marco na educação dos surdos se dá no Congresso de Milão em 1880, onde é adotado o oralismo puro. Décadas mais tarde, diante do fracasso dessa imposição, novas filosofias surgem, buscando aliar língua oral e sinais buscando não somente a educação como também a integração social das pessoas com surdez. Este artigo mostra a importância da aquisição da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) como primeira língua do surdo, proporcionando o seu desenvolvimento cognitivo e contribuindo para a formação de sua identidade, para que o mesmo se constitua como sujeito, se sinta participante de uma comunidade e se integre socialmente. Este tema contém forte apelo social, pois tem sido amplamente discutido desde a oficialização da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) em abril de 2002 (Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002) por todos os surdos oralizados e por todos os profissionais que trabalham com surdos. A visão equivocada da LIBRAS como simples gestos simbólicos, ou como uma língua inferior a Língua Portuguesa ainda persiste e é extremamente prejudicial, pois traz um