trabalho infantil na história
Durante grande parte da História da humanidade as crianças sempre trabalharam junto à suas famílias ou às tribos às quais pertenciam. A consciência da infância enquanto um período inadequado para o trabalho e da criança como ser em formação são muito recentes, e as peculiaridades referentes às fases do desenvolvimento infantil, tanto emocional quanto físicas, não eram consideradas. Assim, as crianças ocupavam papel de “mini adultos” na sociedade1.
O trabalho Infantil não é fato novo na história da humanidade, há registros de que ele ocorria por volta de dois mil anos antes de Cristo, no Egito, as crianças eram consideradas aptas ao trabalho assim que atingissem desenvolvimento físico para tal. Em Roma, a mão-de-obra infantil era utilizada como aprendizes, o que perdurou até a Idade Média, porém estavam sempre sob a supervisão dos pais, e eram empregadas no trabalho artesanal e familiar e na agricultura. Dessa forma o trabalho infantil era entendido como parte do processo de socialização e também um rito de passagem para a idade adulta.
Na Grécia Antiga, a questão da utilização do trabalho infantil era bem relativa. Em boa parte das cidades-estados, um homem só era considerado um cidadão, ou seja, desenvolvido mentalmente, psicologicamente e fisicamente, por volta dos trinta anos de idade. Apesar disso, em Esparta, por exemplo, as crianças entravam para o serviço militar a por volta dos oito anos de idade e era nesse período que, em muitos casos, eram apresentados ao mundo do trabalho também.
Ainda na Idade Média, as crianças eram consideradas como sendo pequenos adultos e se tivesse condições de exercer algum trabalho, era logo obrigada a trabalhar. Claro que trabalhava tanto quanto um adulto, mas recebia três ou quatro vezes, pelo menos, que um homem adulto.
Mas foi só com a Revolução Industrial, a partir do século XVIII, que ocorreu o “boom” da utilização do trabalho infantil no mundo. Com o surgimento das fábricas de tecidos