Historia do Trabalho Infantil
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Historia do trabalho infantil De acordo com Sigrid Baffert, assim contava a criança, “Pequeno demais para alcançar a mesa dos adultos, Anwar tecia sozinho, com os fios que conseguia segurar entre as mãos, tapetes para serem vendidos. Todos os dias, sua jornada começava com as primeiras luzes que entravam na casa. Ele se vestia, recebia um pouco de comida e corria para continuar do ponto em que tinha parado na noite anterior. Mesmo com sono, não podia errar nem diminuir o ritmo: quando isso acontecia, apanhava nas costas e nos braços. Até os sete anos, Anwar viveu como garoto trabalhador em uma vila do Paquistão. No início do século XXI, ele foi salvo por uma organização de direitos humanos de uma rotina semelhante à vivida pela maioria das crianças por muitos séculos, desde a Antiguidade. Mas naquela época não existia quem as resgatasse”. (BAFFERT, 2006, p. 124) As crianças de então não sabiam o que era brinquedos, jogos, livros ou escola. Elas não sabiam que eram adultas. Assim que nasciam, acompanhavam seus pais nas tarefas domésticas ou nas funções da comunidade. Quando conseguiam se alimentar sozinhas e tinham força suficiente, passavam a carregar foices para a plantação, machados para esculpir ou então limpavam e cozinhavam para a família.
O tipo de trabalho que faziam variava conforme a sociedade e a época. Podiam simplesmente ser escravizadas com cidades tomadas, como aparece em relatos das guerras do Império Romano. “Às vezes, como na Antiga Grécia, eram destinadas à função de aprendizes. Já na Idade Média, ajudavam a plantar, costurar, limpar e cuidar dos animais. Se tivessem sorte, no período renascentista poderiam ser encaminhadas para aprender algum ofício específico, definindo assim sua profissão futura”.(BAFFERT, 2006, p. 124)
“Com a revolução Industrial, a vida de meninos e meninas tornou-se ainda mais desprotegida. Se antes os pequenos ficavam destinados a funções compatíveis com força e capacidade de compreensão, com a criação das máquinas