trabalho historia

Quilombo dos Palmares

Os escravos negros constituíam uma sustentação da produção açucareira: plantavam,colhiam,transportavam cana para as moendas, participavam das várias etapas de produção do açúcar no engenho e do transporte das caixas de açúcar para os navios. Tinham um dia por semana para cuidar de seus plantios de subsistência,e sua alimentação era a base de mandioca.Condições que trabalhavam pode se resumir cruamente em três “pés”: pau,pano e pão.
“Pau”: Castigos corporais pelas faltas cometidas.
“Pano”: Significa roupa mínima para esconder “as vergonhas”.
“Pão”: Alimento para não morrerem de fome.
As reações do negro contra a exploração e violência eram severamente reprimidas. Os rebeldes eram punidos com o vira mundo (instrumento de ferro que servia para prender as mãos e os pés dos escravos) e surrados com bacalhau (chicote de couro cru), as feridas eram curadas com sal. Faltas graves recebiam tratamentos mais duros, como a castração, amputação de seios e quebra de dentes com martelo.
Após doze a quinze horas de trabalho, à noite os negros se recolhiam na senzala-habitação de compartimento único onde muitos dormiam com correntes prendendo pés e mãos. As mulheres cuidavam dos feridos castigados e de doentes por excesso de trabalho.
Registram poucos documentos as formas de resistência ditadas pelos negros diante a brutalidade dos senhores brancos. Sabe-se que haviam suicídios,assassinato de feitores e capitães-do-mato (homens encarregados de buscar os foragidos na mata). Muitas vezes entravam em um estado de apatia total, chamado banzo ou “nostalgia da África”: com profunda depressão, não se alimentavam mais, nem trabalhavam, até morrer.
Alem dessas formas de resistência, eram comuns as fugas e a formação de quilombos, eram núcleos autônomos de aldeias de negros foragidos, que buscavam construir a vida na mata Africana.
Formaram-se vários quilombos no final do século XVI até o final do século XIX. Apesar de não termos