trabalho final Nagela
Campus Belo Horizonte
Faculdade de Educação Viviane Cristina Moreira da Silva NF VIIC
Fichamento do artigo: Sob a reestruturação produtiva, enfermeiros, professores e montadores de automóveis se encontram no sofrimento do trabalho.
Acacia Zeneida Kuenzer
O artigo inicia com uma concepção de trabalho, onde o homem transforma a natureza construindo condições necessárias a sua sobrevivência. Nesta perspectiva, o trabalho será sempre qualificador, propiciando o exercício da criação, reflexão e da auto-realização. Já com o capitalismo o processo de trabalho passa a ser visto como produto de troca de valor, já com a finalidade de acumular riquezas. Esse modo capitalista de produzir cria um mundo de objetos humanizados nos quais o homem não se reconhece, e que s e voltam contra ele e o dominam. Esta práxis cria uma relação alienante entre o operário e seu produto, e também entre o trabalhador e os outros homens. Ocorre também a desqualificação do trabalhador. Marx vai construindo a compreensão desta dupla face do trabalho, em função da dupla finalidade: produzir valores de uso e valores de troca. A autora faz uma relação entre o trabalho do enfermeiro e do professor com a produção de valor, onde se tem uma característica muito peculiar do trabalho, a natureza não material, já que não é possível separar o produtor do produto. No caso do enfermeiro, ele vende sua força de trabalho por meio de um salário, desta forma o trabalho tende a ser mais desgastante, e mais explorado. O mesmo vale para os professores. Gounet demonstra que a “flexibilização”, ao introduzir a multitarefa, intensifica o trabalho, passando um trabalhador a ter de desempenhar tarefas, que antes eram de vários trabalhadores. O que se observa é que, quanto mais se ampliam as necessidades de professores e profissionais da saúde, mais crescem as impossibilidades de realização profissional. Onde muitos acometidos pela síndrome de burnout