Trabalho escravo no Brasil
Melina Riboli
O trabalho escravo caracteriza-se por trabalho forçado, com condições degradantes que ferem os direitos fundamentais dispostos na Constituição de 88, jornada exaustiva, e exercer determinada função para quitar uma dívida.
A escravidão exise no Brasil desde os primórdios da sociedade até sua abolição pela Lei Áurea em 1888. No século XVI, os Portugueses traziam os negros africanos em navios e os utilizavam como moeda de troca para com os senhores de engenho de açúcar de cana e nas minas de ouro. Nestes locais, eles eram submetidos a jornadas de trabalho intermináveis, de até 20 horas por dia, eram castigados severamente com chicotadas e surras que chegavam a matar. Permaneciam em porões, chamados de senzalas, acorrentados para que não fugissem. Os que tentavam fugir, eram torturados até a morte. Usavam trapos de pano como roupas, recebiam pouca alimentação e água, o que permitia o surgimento de doenças graves, que também levavam à morte. Eram proibidos de praticar sua religião, sendo obrigados a seguir a religião Católica.
Na metade do século XIX a Inglaterra passou contestar a escravidão, por puro interesse comercial, pois o país queria expandir seu mercado consumidor no mundo. Passaram a apreender navios que traficavam escravos. Ainda, os negros começaram a reagir à situação. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos, que eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos.
Em 1850 o Brasil aderiu ao movimento e proibiu o comércio de escravos. Somente no final do século, o mundo enfim proibiu a escravidão. No Brasil, a Lei Áurea, promulgada pela princesa Izabel em 1888 deixou os escravos livres. Mesmo com a