Trabalho Entrevista Psicopatologia
S L., sexo feminino, branca, natural de Recife, 55 anos, residente em Brasília desde os 18 anos. Atualmente mora com seu irmão, cunhada e sobrinhos. É bastante religiosa, católica e disse que frequenta a missa todas as semanas.
Morou na Europa dos 15 aos 17 anos e voltou diferente, com hábitos estranhos, brigando muito com os pais e irmãos. S.L foi diagnosticada com esquizofrenia paranóide aos 21 anos, mas atualmente sua esquizofrenia é residual. É jornalista, fala inglês fluentemente e toca violão. Chegou a trabalhar durante pouco tempo em uma rádio, mas devido às crises de alucinação, não trabalha fora desde os 24 anos.
S L. não demonstra cuidado com sua aparência e não gosta muito de banhos, por isso necessita da supervisão da família em relação à sua higiene. Alguns de seus dentes caíram mas ela disse que não gosta de prótese dentária. Ela gosta de se vestir com calça jeans ou saia preta e usa de 3 a 4 camisas uma em cima da outra. Disse também que não sai sem o seu boné e usa apenas uma sacola de mercado para sair.
Segundo relatos da família, casualmente pega coisas da despensa para trocar por cigarro, mesmo recebendo dinheiro diariamente. Gosta de pegar coisas da rua e das latas de lixo e guardar em seu quarto.
S L. foi muito solícita e muito simpática em toda a entrevista, falando que gostaria de ajudar no meu trabalho da faculdade. Me forneceu deu detalhes mais simples, como sua idade, local de nascimento, religião. Muitos dos relatos sobre as crises, época que foi descoberta a doença foi relatado pelo os familiares, que dão todo o suporte emocional e físico que S.L. necessita.
Segundo Dalgalarrondo a esquizofrenia paranóide é caracterizada por alucinações e delírios, principalmente de conteúdo persecutório. S L. também possuiu sintomas positivos da esquizofrenia, como alucinações, ideias delirantes, comportamento bizarro e ideias bizarras.