Trabalho Do Corti O
Trabalho de Literatura Brasileira III
Marcela Adélia de Oliveira Leite
Reginaldo Rodrigues da Silva
Jessica Fabris da Silva
Jonas Rodrigues Alves
Professora: Elaine Alves
Outubro/2014
Sertãozinho
“E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo,aquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.” (Cap.I, pag.15)
Introdução
Só em O Cortiço Aluísio atinou de fato com a fórmula que se ajustava ao seu talento: desistindo de montar um enredo em função de pessoas, ateve-se à sequência de descrições muito precisas onde cenas coletivas e tipos psicologicamente primários fazem, no conjunto, do cortiço a personagem mais convincente do nosso romance naturalista. (BOSI, pag.201). Assim, Aluísio Azevedo foi o melhor representante da tendência naturalista do Realismo brasileiro. Em seu esforço de conhecimento da realidade, explicitava a vida humana mesmo em seus aspectos mais sórdidos: a baixeza, a exploração, a desonestidade e o crime. Zoomorfismo é uma técnica muito utilizada no romance, e consiste em comparar personagens à animais quando elas se deixam guiar pelos instintos. É notado o grande interesse da estética naturalista por essa atitude, pois ela é encarada como um dos determinantes do comportamento.
A filha tinha quinze anos, a pele de um moreno quente, beiços sensuais, bonitos dentes, olhos luxuriosos de macaca (Cap.III pag.24) Também cantou. E cada verso que vinha da sua boca de mulata era um arrulhar choroso de pomba no cio. E o Firmo, bêbedo de volúpia, enroscava-se todo ao violão; e o violão e ele gemiam com o mesmo gosto, grunhindo, ganindo, miando, com todas as vozes de bichos sensuais, num desespero de luxúria que penetrava até ao tutano com línguas finíssimas de cobra (Cap X pag.79)
As passagens em que o