Trabalho Deans um grito de justica

Análise crítica do filme Daens - Um Grito de Justiça (1992)

O filme Um Grito de Justiça (Daens) é uma crítica ao modo deplorável em que os operários da época do início do capitalismo viviam e trabalhavam. O filme se refere ao meio do século XIX, momento onde, na Europa, acontecia a Revolução Industrial, passando do feudalismo para o capitalismo, construindo fábricas e tendo a intenção de lucro em forma de moeda. Foi nesse período que se iniciaram as primeiras rebeliões dos trabalhadores, como mostrado no filme. Os operários trabalhavam de maneira desumana, de forma que, mesmo para aquela época, as condições de trabalho, vida e sociedade que eram impostas eram descabíveis e matavam, literalmente, adultos e crianças todos os dias. No filme nos são mostradas as jornadas de trabalho de 12 a 16 horas por dia, o total descaso com o estado de saúde dos trabalhadores, e que lhes pagavam um salário que não chegava nem perto de ser o mínimo necessário para a sobrevivência dos cidadãos.

Durante o filme é mostrado que a ambição por um maior lucro fez com que os donos das fábricas, que viviam em mansões tinham fartura sempre do bom e do melhor, desempregassem os homens, pois esses eram melhor remunerados, e no seu lugar colocassem somente mulheres e crianças para trabalhar. Desse modo, puderam cortar ainda mais o gasto com salários, pois mulheres e crianças ganhavam muito menos e eram colocadas em uma jornada de trabalho maior. As mulheres eram seguidamente abusadas sexualmente pelos supervisores, sem poderem ter reação nenhuma contra os mesmos além de ter que aguentar maus-tratos diários. As crianças seguidamente se acidentavam ou morriam, devido aos perigos do trabalho que os menores eram expostos. Suas mães e irmãs que trabalhavam nos mesmos pavilhões precisavam ver e suportar a perda de seus filhos pequenos, o que acontecia frequentemente.

Essas condições de vida fizeram com que os operários, tanto homens quanto mulheres, se juntassem em uma greve e em atos de