Nossa vida é regida pelas nossas decisões. É através de suas escolhas que o ser humano se define. Como ele faz essas escolhas, e como ele as justifica, também fazem parte de sua construção como homem e individuo. Não precisamos ir muito longe para entender que cada um conduz sua vida de uma maneira distinta, o que impacta a vida de cada um de maneira distinta. À medida que o homem e a civilização como um todo foram evoluindo, um código de conduta – ou vários – foi sendo desenvolvidos pela raça humana. Assim, sugiram as primeiras noções do que seria considerado ou não como ações aceitáveis pela(s) sociedade(s). Palavras como “moral” e “ética” parecem mais adequadas a serem relacionadas com um tribunal, um julgamento – algo que consideramos de extrema seriedade, a ser tratado com a maior formalidade –, não algo que utilizamos em nosso cotidiano. Mas, ao optarmos entre assumirmos a culpa ao procedermos de maneira errada (seja no trabalho, ou simplesmente usando as palavras erradas numa discussão), estamos fazendo uma escolha moral; quando optamos em falar aquilo que a pessoa quer ouvir, em oposto à verdade, é também uma escolha carregada de justificativas e obediente a determinadas normais sociais, essenciais para o convívio em grupo. Essas justificativas, nossas motivações para as mais variadas escolhas, é nossa ética. Cada indivíduo necessita ou carece de uma, para que possa estar apto a tomar decisões conscientes e coerentes com a sociedade em que vive. Ele necessita dela para definir sua maneira de agir, sua conduta moral. Pautamos (a maioria de nós, pelo menos) nossas escolhas por aquilo que achamos correto. E como conquistamos nossa noção do que é certo e errado? Através do exemplo, ou daquilo que o instinto nos diz que é correto. A criança olha para o pai e para a mãe, em busca de um modelo de como deve ser; nossos pais são nossos primeiros ídolos, nossa primeira admiração e, muitas vezes, nossa primeira decepção. Afinal, aquele momento em que se percebe