trabalho de sociologia
1. Mitos nacionais: Mito da democracia racial
Através dele aprendemos que o Brasil é um país onde não existe preconceito ou discriminação de raça ou cor e onde as diferenças são absorvidas de forma cordial e harmoniosa. Como todo bom mito, a expressão não tem uma origem precisa, mas está associada ao trabalho literário do sociólogo Gilberto Freyre que, entre as décadas de 1930 e 1950, construiu uma grande obra sobre as relações raciais no Brasil. Freyre partiu de um princípio positivo: romper com as abordagens racistas da sociedade e da história brasileira, as quais tratavam a população afro-brasileira como um povo à parte, não figurando nas visões gerais do Brasil. Ele foi o responsável por jogar luz sobre as relações que existiam entre senhores/sinhás e escravos/as, assim como nos modos de vida da elite e do povo. Ao realizar tais análises, Freyre, porém, acabou produzindo a imagem de uma sociedade harmônica e integrada afetiva e sexualmente, de fato, artificial. Ao encarar como positiva a mistura racial no Brasil – à época lamentada pela maioria dos pensadores que viam no mestiço um tipo humano degenerado – Gilberto Freyre acabou errando pelo oposto, ao superestimar a capacidade de a miscigenação solucionar o problema das diferenças e das desigualdades entre brancos/as e negros/as.
2. Mitos nacionais: Três raças formadoras do Brasil
Nesse sistema, o brasileiro seria o produto moral e biológico da mistura do índio, com a sua preguiça, do negro, com a sua melancolia, e do branco português, com a sua cobiça e o seu instinto miscigenador. Estas seriam as razões tanto de nossa originalidade quanto de nosso atraso socioeconômico e, até pouco tempo atrás, de nossa necessidade de autoritarismo. A afirmação da miscigenação não os coloca no mesmo plano,porque a cada um deles é atribuída uma qualidade diferente na formação do caráter moral do brasileiro.
3. Em seus pontos de partida, os/as indígenas corresponderiam ao isolamento