Trabalho de Sociologia Estudos Culturais
Os estudos culturais trazem um modelo da comunicação polifônica que permite ultrapassar as oposições radicais entre cultura nobre/dominante e cultura popular/dominada. Existem, na cultura em geral e na comunicação de massa em particular, relações de poder que podem ter efeitos de dominação, mas que estes são sem garantias. As mensagens veiculadas pelos meios de comunicação nunca são homogêneas, como a experiência dos grupos subalternos feita de relações de classe, de gênero, de raça ou de etnia, não esta por inteira na violência cultural vivida, mas tende, ao contrário, a se exprimir na invenção de numerosas subculturas e contraculturas, uma grande parte das quais influencia por seu turno a comunicação de massa, como se vê nos estilos musicais. As obras da própria comunicação de massa registram uma proliferação de usos e de interpretações que escapam das intenções dos produtores e dos difusores para se tornar suporte de construções identitarias.
O construtivismo incita não a abrir mão da referência ao real, mas a não mais encarar o real fora do processo de interpretação. No quadro Queer Studies, centrado na analise das minorias homossexuais lésbicas, Judith Butler, apresenta um ponto de vista radical sobre o conhecimento, a realidade social é um jogo de etiquetagens que foram solidificadas ao longo do tempo. As categorizações de gêneros (homens e mulheres) e as categorizações sexuais (heterossexuais e homossexuais) são puras construções históricas, é a opressão pratiarcal e não da natureza. Butler sugere uma emancipação das relações de identidade, a exploração de possíveis na relação com os corpos e nas representações dos meios de comunicação de massa. O chamado de tecnologias de gênero, podem ser postas a serviço de um jogo de desconstrução parcial das identidades, inflectindo, pondo entre parênteses, os efeitos de atribuição identirária sem suprimi-los enquanto tais.
O conceito de performance