trabalho de sociologia da familia

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
FACULDADE DE CIÊNCIA SOCIAIS E HUMANAS

1-Descreva o primeiro processo (Institucionalização)

A institucionalização das relações conjugais é um processo com raízes mais antigas, desvaloriza os aspetos formais e normativos da relação do casal, logo são descritas no texto do capítulo dois intitulado de “perspectiva histórica sobre o casamento e a coabitação” como uniões informais.
A história da institucionalização do casamento nas sociedades ocidentais é descrita por vários autores como Aries, Giddens, entre outros. Esta descrição feita por estes autores permite-nos ter uma visão da “família nuclear moderna” que se centra no casal como um fenómeno resultante de vários processos de mudança a nível das mentalidades e das estruturas sociais.
Vejamos o exemplo das sociedades ocidentais, onde o casamento está associado à monogamia, onde a lei proíbe que uma mulher ou um homem sejam casados com mais de um individuo em simultâneo. Embora a lei proíba a poligamia não inválida que os indivíduos se envolvam em “relações sexuais e afetivas com outros afetivos para além dos seus cônjuges”, mesmo que estes atos ponham em causa as “formas sociais dominantes e organização da relação do casal”.
A desinstitucionalização do casamento é um eixo de mudança que abarca duas dimensões: a primeira dimensão é a comportamental e a segunda é simbólica. A desinstitucionalização do casamento refere-se à história da coabitação, este fenómeno social dá-se através de uma união entre duas pessoas, que habitam na mesma casa (“ com ou sem filhos”) e que estabelecem “uma relação afetiva e sexual sem recurso a um vínculo formal juridicamente confirmado”. Na desinstitucionalização o casal vive junto sem se casar, tem filhos fora do casamento, há um quadro de paridade entre os indivíduos onde há igualdade de estatuto. Aqui valoriza-se os laços afetivos e comunicacionais e procura-se a felicidade e a realização pessoal em todos os domínios (pessoal, afetivos,