TRABALHO DE QUESTAO SOBRE HABITA O
Marina Barbosa Pinto
Neste artigo, discutiremos a questão social, destacando a questão habitacional como um componente revelador do ordenamento das relações sociais capitalistas, dedicando-nos a indicar sua conformação na sociedade brasileira, estabelece-se uma estreita relação entre o acesso à habitação e o nível de renda da população. Sendo um objeto de consumo, uma mercadoria, a habitação – que é culturalmente definida como o lugar onde se desenvolvem as atividades cotidianas necessárias à sobrevivência de cada um e também à reprodução da força de trabalho. A questão habitacional, entendemos que ela se constitui como parte do complexo e contraditório processo de estruturação urbana da sociedade capitalista.
ESPAÇO URBANO E CAPITALISMO
Destacamos como determinante para a conformação do espaço urbano o desenvolvimento da grande indústria e, o surgimento de um montante grande de capital a ela vinculado. Originam-se daí dois movimentos: um, o fluxo migratório, outro, a adaptação do espaço à produção de mercadorias.
As condições habitacionais não atendiam às demandas e propiciaram o aparecimento de surtos endêmicos pelas condições miseráveis e anti-higiênicas.
A burguesia, sentindo-se ameaçada tanto pelas doenças, reage demolindo imóveis, o que provocou a criação de condições para a especulação imobiliária e o deslocamento dos alojamentos precários dos trabalhadores. A intenção da classe dominante não era resolver o problema habitacional e, sim, pressionar a classe trabalhadora para seguir vendendo sua força de trabalho, submetendo-a a moradias construídas pelo patronato.
A cidade constituiu, como um lugar importante para a materialização do capital e decisivo para as metamorfoses necessárias à consolidação e expansão do sistema capitalista. Para a definição do perfil da cidade o Estado, as empresas, as imobiliárias, os donos da terra urbana e a população trabalhadora.
O fluxo