Trabalho De Parentesco
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O estudo do Parentesco emerge com o objectivo de perceber a organização de sociedades “primitivas” pois acreditava-se que eram estas relações que permitiam compreender o seu funcionamento. Morgan ao estudar os Iroqueses inicia o seu estudo do parentesco acreditando que era este que o levava à compreensão das relações sociais. Analisou o seu sistema organizacional e as suas leis pois estas eram determinadas pelo Parentesco e lhe davam informação sobre o contexto social das sociedades. A partir destas conseguia enquadrar as sociedades na linha evolutiva: “selvagem”, “barbárie” ou “desenvolvida”. Para estudarmos os sistemas de parentesco temos que conhecer e compreender as nomenclaturas utilizadas pelas diferentes sociedades. Para isto Morgan define dois sistemas de identificação do parentesco, classificatório e descritivo. O primeiro encontramos em sociedades ”ocidentais” onde as terminologias utilizadas para os diversos tipos de relação são distintas umas das outras como, “pai”, “mãe” e “primos”, em contraste, no sistema descritivo, existem descrições como, “filha da minha mãe” ou “filho da irmã do meu pai.”
Morgan através dos pontos apresentados anteriormente, percebe que para ser possível existirem sociedades onde o termo “irmã” é utilizado tanto para a “filha dos meus pais” como para a “filha da minha tia”, as relações de consanguinidade não têm um papel tão determinante como nas sociedades ditas “ocidentais”. Esta comparação advém também da logica binária desenvolvida pelo autor, existem então sociedades ocidentais com estado e sociedades “primitivas” onde não existe autoridade centralizada e as relações políticas e sociais são criadas pela estrutura do parentesco.
Outro autor que também contribuiu para o estudo do parentesco foi William Rivers apresentando um método de trabalho para a compreensão da estrutura social de cada sociedade. Este método baseia-se na conservação por via oral das genealogias, para este autor